segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A MUDANÇA NA LEI, QUE ESTA NO LEGISLATIVO, PARA SER VOTADO, E ANALISADO.

AS IMAGENS ABAIXO, SÃO DE XEROX DO DOCUMENTO,E NÃO POSSUEM COMO SER TRANSCRITOS.
RECOMENDAMOS QUE PARA MELHOR LER O DOCUMENTO, QUE CLIQUE NA PARTE A SER LIDA, QUE ELE ABRIRA EM PAGINA NET, MAIS FÁCIL DE SER VISUALIZADA, OU O COPIEM PARA SEUS MICROS.




sábado, 20 de novembro de 2010

FALANDO DE MEIO AMBIENTE COM CARLOS ROBERTO LINO

Uma das Causas do Aquecimento Global

Chuva industrial na cidade Cherepovets nordeste da Rússia

Nos dias de chuva e muito frio, a fumaça toma conta do céu da cidade de Cherepovets
Na cidade de Cherepovets, nordeste da Rússia, o principal motor da economia local é um centro industrial. A quantidade de siderúrgicas impressiona pelo número de prédios e de fumaça, que tomam conta do céu da cidade em dias de chuva e muito frio.

Poluição do Ar

Prejuízos para o meio ambiente, chuva ácida, cidade poluídas, gases tóxicos, poluição atmosférica, queima de combustíveis fósseis, doenças causadas pela poluição do ar.

A chuva ácida

A chuva ácida é uma chuva, ou qualquer outra forma de precipitação que é invulgarmente ácidos, ou seja, níveis elevados de íons de hidrogênio (baixo ph). Ele pode ter efeitos prejudiciais sobre as plantas, os animais aquáticos e infra-estrutura através do processo de deposição úmida. A chuva ácida é provocada pelas emissões de compostos de amônio, carbono, nitrogênio e enxofre, que reagem com a água moléculas na atmosfera para produzir ácidos. Os governos têm feito esforços desde 1970 para reduzir a produção de dióxido de enxofre na atmosfera, com resultados positivos. No entanto, ele também pode ser causado naturalmente pela decomposição dos compostos nitrogenados pela energia produzida por um raio greves, ou a libertação de dióxido de enxofre para a atmosfera pelo vulcão erupções.
Definição de Chuva acida.

"Chuva ácida" é um termo popular referindo-se à deposição de molhado (, neve, chuva, granizo, névoa cloudwater, e do orvalho) e seca (partículas e gases acidificantes) componentes ácidos. Um termo mais preciso é "deposição ácida". A água destilada , uma vez que o dióxido de carbono é removido, tem um neutro pH de 7. Os líquidos com um ph menor que 7 são ácidos, e aqueles com um pH superior a 7 são alcalinos. "Clean" poluído ou chuva ácida tem um ph ligeiramente superior a 5.7, porque o dióxido de carbono e água no ar reagem juntos para formar o ácido carbônico , mas a chuva não poluída contém também outros produtos químicos. [1]
H 2 O (l) + C O 2 (g) → H 2 C O 3 (aq)
O ácido carbônico, então pode ionizar em água, formando as baixas concentrações de hidrônio e carbonato de íons:
H 2 O (l) + H 2 C O 3 (aq) H C S 3 - (aq) + H 3 O + (aq)
Da deposição ácida como uma questão ambiental que incluem ácidos adicionais para H 2 C Ó 3.

A atividade humana

A causa principal da chuva ácida é enxofre e nitrogênio compostos a partir de fontes humanas, tais como geração de energia elétrica, fábricas e veículos. Usinas de carvão são uma das mais poluentes. Os gases podem ser carregados por milhares de quilômetros na atmosfera antes de serem convertidos em ácidos e depositados. No passado, as fábricas tiveram funis curto para deixar sair fumaça, mas isso fez com que muitos problemas localmente, assim, as fábricas têm agora mais altas chaminés de fumaça. No entanto, a dispersão dessas pilhas alto faz com que os poluentes sejam realizados mais, causando danos ecológicos. Além disso, a produção pecuária desempenha um papel importante. Ele é responsável por quase dois terços de todas as antropogênicas de fontes de amônia produzido pelas atividades humanas, o que contribui significativamente para a chuva ácida.
Processos químicos
A combustão de combustíveis cria dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. Eles são convertidos em ácido sulfúrico e ácido nítrico.
Química em fase gasosa

Na fase de gás dióxido de enxofre é oxidado pela reação com a hidroxila radical através de uma intermoleculares reação: [5]
SO 2 + OH → HOSO • 2 •
que é seguido por:
HOSO 2 • + O 2 → HO 2 • + SO 3
Na presença de água, trióxido de enxofre (SO 3) é rapidamente convertido em ácido sulfúrico :
SO 3 g) + H (2 O (l) → H 2 SO 4 (l)
O dióxido de nitrogênio reage com OH para formar o ácido nítrico :
NO 2 + OH → HNO • 3

A saúde humana

Os cientistas sugeriram links diretos para a saúde humana. As partículas finas, uma grande parte dos quais são formados a partir de gases mesmo como chuva ácida (dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio), foram mostrados para causar mortes prematuras e doenças como câncer e outras doenças. Para mais informações sobre os efeitos na saúde dos aerossóis verem partículas efeitos na saúde.
Podemos ver o poder de uma poluição, que pode causar grandes destruições ao ser humano e toda biodiversidade.
Carlos Roberto Lino
Carlosaud.periciambiental@gmail.com

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

FALANDO DE MEIO AMBIENTE COM CARLOS ROBERTO LINO

Consumo de Energia X Meio Ambiente: Uma luta constante

RESUMO:


O consumo de energia intensifica-se com o passar dos tempos. Como a energia é proveniente da utilização e transformação de forças oferecidas pela natureza, a agressão ao meio ambiente é cada vez maior. Os países que realizam esta transformação e fornecimento consomem sem preocupar-se em reparar os danos causados. A energia é produzida por: usinas hidroelétricas (água), usinas térmicas (queima de combustível), usinas nucleares (fissão e fusão de átomos). A produção descontrolada de energia acarreta em sérios prejuízos ao meio ambiente, modificando a paisagem e o clima. Afeta assim, o ecossistema, a fauna e a flora. O uso racional de energia implica na redução de produção e assim, causa menores danos ambientais.

1 - INTRODUÇÃO:

Desde o início dos tempos o homem sente necessidade de produzir energia para proporcionar bem-estar pessoal. Para isso propõe-se a procurar cada vez mais novas fontes de energia, o que leva a acarretar danos ao meio ambiente. Os danos causados aumentam de acordo com o aumento do consumo de energia.

2 – ENERGIA:

Tudo que existe no universo é alguma forma de energia, ela está presente nas estrelas, no espaço e em todos os planetas. Ocorre uma constante transformação para adequá-la a determinado uso.
Seria impossível falar de energia sem associar o meio ambiente ao tema, pois toda a energia produzida é resultado da utilização e transformação das forças oferecidas pela natureza.
Inicialmente, o Homem começou a queimar tronco e galhos de árvores para fazer o fogo. Porém somente depois do surgimento da máquina a vapor intensificou-se devastação de florestas.
Quando construímos uma Usina, seja ela Hidroelétrica, Termoelétrica ou Termonuclear, sempre haverá um impacto no meio ambiente, umas menos que outras, mas sempre tendo algum tipo de agressão ao meio ambiente.
É preciso que estejamos conscientes na preservação do meio ambiente e saber cuidar bem do que a natureza criou com amor e carinho.
Vamos juntos preservar ainda o que nos resta no planeta terra.

Carlos Roberto Lino

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A VIDA DE MAZZAROPI - DADOS CRONOLÓGICOS

A FAMÍLIA

1890: João José Ferreira e Maria Pitta Ferreira nascidos em Ponta do Sol, Portugal, chegam à Taubaté e vão morar numa chácara de onde tiram seu sustento cultivando hortaliças. Ali nascem Clara (12 de agosto de 1892) e seus seis irmãos.

Nos 1900, os Mazzaropi chegam ao Brasil: Amázzio e Ana e seus filhos Domingos e Bernardo.

Nascidos em Nápoles, Itália, começam a trabalhar na agricultura em Dourados-SP e depois no Paraná.

1910: Clara Ferreira e Bernardo Mazzaropi já casados, moram em São Paulo, no bairro de Santa Cecília. Ela, empregada doméstica, e ele, motorista de automóvel de aluguel.

1912: na pequena casa, nasce Amácio Mazzaropi, no dia 9 de abril.

MEU AVÔ ARTISTA

1914: a falta de dinheiro e o espírito inquieto do pai, levam a família Mazzaropi de volta para Taubaté, onde Bernardo vai trabalhar como operário têxtil na Companhia Taubaté Industrial - CTI.

1916: Clara torna-se tecelã da CTI e o pequeno Amácio fica uma temporada na casa dos avós maternos na cidade de Tremembé-SP. João José Ferreira, o avô português, exímio tocador de viola, bom dançarino de cana-verde e animador famoso das festas do bairro rural, leva sempre com ele os netos Amácio e Vitório Lazzarini.

1918: é inaugurada a Estação da Central do Brasil em Tremembé e o avô se apresenta com sua violinha. Amácio, aos 6 anos de idade, assiste embevecido.

1919: Bernardo não suporta a monotonia do trabalho na fábrica e decide voltar com a família para São Paulo. Mazzaropi ingressa no Grupo Escolar do Largo de São José do Belém. Bom aluno, tinha incrível facilidade para decorar poesias e logo vira o centro das atenções nas festas da escola como declamador-mor.

O SONHO DO CIRCO

1922: com a morte do avô e a dureza de sempre, os Mazzaropi voltam mais uma vez para Taubaté. Clara e Bernardo retomam o trabalho na CTI e abrem um botequim na residência da rua América, onde a família se reveza no atendimento aos fregueses.

Amácio é matriculado no Ginásio Washington Luís. Em casa, estuda e decora textos do livro Lira Teatral. No monólogo Chico, imita um tipo caipira que agrada em cheio numa festa da escola.

Freqüenta os circos que passam pela cidade e não esconde sua vontade de se tornar ator circense. Os pais, contrários à idéia, o mandam para a casa do tio Domingos Mazzaropi, em Curitiba. O objetivo é distanciá-lo da “perdição” dos palcos dos circos. Trabalha como caixeiro da loja de casimira da família, na rua XV de Novembro.

O AJUDANTE DO FAQUIR

1926: aos 14 anos, retorna à São Paulo com o mesmo sonho de atuar no circo. Conhece o famoso Ferry, faquir do Circo La Paz, e, para desespero dos pais, começa a viajar com eles. Nos intervalos das exibições do faquir, Amácio conta piadas e ganha por isso, um mirrado salário. Ferry consegue para ele um documento que transforma seus 14 em 19 anos. Agora ele podia contar as piadas picantes que o povo gostava.

1929: sem dinheiro, deixa o circo e volta para a casa dos pais em Taubaté. Torna-se tecelão da Companhia Taubaté Industrial, com um salário diário de 4.720 réis.

1931: de novo a fazer teatro, agora como ator e diretor no salão do Externato Sagrado Coração de Maria, do Convento de Santa Clara, em Taubaté.

1932: eclode a Revolução Constitucionalista. Em Taubaté, o Movimento de Arrecadação de Fundos para Donativos aos Soldados da Lei organiza, em conjunto com a Rádio Record de São Paulo, espetáculos com os maestros Martinez Grau, Fêgo Camargo, o folclorista Capitão Cornélio Pires e outros, num projeto denominado Theatro do Soldado.

O ARTISTA PERSISTE

A efervescência cultural de 32 anima Mazzaropi e ele estréia na Troupe Carrara, no cine Theatro Polytheama, em Taubaté, no papel de Eugênio Carvalho, na comédia HERANÇA DO PADRE JOÃO, de Baptista Machado.

1934: em 18 de março, estréia no cine Tremembé a Troupe Olga Crutt, uma das mais famosas, experientes e aplaudidas do interior do país. Mazzaropi ingressa na companhia. Em 30 de março, Olga Crutt troca seu nome artístico para Olga Mazzaropi. Em novembro, Amácio Mazzaropi se torna líder da nova companhia “Troupe Mazzaropi”.

1935: Amácio convence a família a seguir com a Troupe. Os pais, persuadidos, viram atores e ajudam na administração. Depois de uma turnê bem sucedida, resolvem montar um Pavilhão - um barracão de tábuas corridas, coberto de lona, com cadeiras e bancos de madeira para a platéia, o chamado Teatro de Emergência. Logo na estréia, em Jundiaí-SP, uma tempestade acaba com a apresentação. Caíram as paredes, e junto, quase vai o sonho. Só três dias depois do vendaval acontece a inauguração e o sucesso reanima as esperanças.

1935/1942: a Troupe Companhia Amácio Mazzaropi viaja pelo interior do Estado e as apresentações são largamente concorridas, mas falta dinheiro para melhorar a companhia.

O PAVILHÃO DOS SONHOS

1943: em fins de novembro, Amácio com 31 anos, recebe uma herança da avó Maria Pitta e realiza o sonho de colocar uma cobertura de zinco em seu pavilhão para, assim, poder estrear na capital.

O Jornal de São Paulo publica a crítica de Francisco Sá “O que vai pelo teatro”, onde elogia a atuação do jovem Amácio.

Terminada a temporada paulistana, o grupo viaja pelo Vale do Paraíba.

1944: o Pavilhão Mazzaropi reestréia em Pindamonhangaba e os soldados da FEB, aquartelados na região, têm cadeira cativa nos espetáculos.

Bernardo adoece e as despesas com seu tratamento complicam as finanças da companhia.

Mazzaropi é convidado para substituir Oscarito numa peça em cartaz no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. Oscarito, então o ator mais famoso do país, muda de idéia e Mazzaropi, sem dinheiro e decepcionado, volta para Pindamonhangaba e dissolve a companhia. Desmonta o teatro e o deixa no Pátio da Estação Ferroviária.

Em 29 de setembro, estréia em Taubaté a companhia do consagrado ator Nino Nello. Em Pindamonhangaba, no Basquete Clube Sociedade Esportiva Recreativa, estréia Mazzaropi. Os artistas se conhecem e resolvem fundir suas companhias.

Em 8 de novembro, morre Bernardo Mazzaropi, aos 56 anos
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A ESTRÉIA NO TEATRO EM SÃO PAULO

Quatro dias depois da morte do pai, Amácio estréia ao lado de Nino Nello no Teatro Oberdã, em São Paulo. Mazzaropi é ator e diretor na peça FILHO DE SAPATEIRO, SAPATEIRO DEVE SER. A temporada recebe sucesso de público e crítica.

1945: no início do ano, Amácio retorna a Pindamonhangaba com a idéia de recuperar o pavilhão e trazê-lo para São Paulo, mas fica na cidade e recomeça as apresentações. Com vários contratempos e sem dinheiro, pede a um amigo oito mil cruzeiros emprestados. Em pouco tempo, consegue pagar a dívida e segue para São Paulo.

O pavilhão é instalado no bairro de Santana e a casa vive cheia. Passa a morar no Tucuruvi, de onde virá o apelido “Bernard Shaw do Tucuruvi” numa alusão cômica ao famoso ator inglês.

Com o sucesso do pavilhão, Mazzaropi assina contrato com o Teatro Colombo, onde atua por mais de um ano.

NA RÁDIO, O RANCHO ALEGRE

1946: em março, Mazzaropi é convidado por Demerval Costa Lima, diretor da Rádio Tupi de São Paulo, para fazer o programa Rancho Alegre. Com salário mensal de 700 cruzeiros, assina contrato de 3 meses. O programa é ao vivo todos os domingos às 19h45, no auditório da rádio, no Sumaré. A produção é de Cassiano Gabus Mendes e logo alcança grande audiência. Na primeira semana, Mazzaropi recebe cerca de 2.000 cartas de fãs.

O programa era simples, Mazzaropi contava umas piadas e, acompanhado de um sanfoneiro, cantava uma canção.

1947: Mazzaropi vira tema de um concurso promovido pela rádio: “Qual o verdadeiro nome de Mazzaropi?”. Os jornais publicam a pergunta em cupons. A apuração é feita no cine São Francisco, no dia 12 de outubro e, em meio à uma grande festa para a entrega dos prêmios, os ganhadores assistem a apresentação do homenageado.

As Emissoras Associadas criam o show Brigada da Alegria, com Mazzaropi, Linda Batista, Henricão e Rosa Maria (o “Barão das Cabrochas” e a “Cabrochinha do Samba”), Michel Allard, Hebe Camargo (“A Morena do Sumaré”), e excursionam por vários estados. Em Minas Gerais, Mazzaropi e Hebe fazem sucesso nas rádios Associada de Minas, Guarani e Mineira. Os espetáculos pelo país vão criando um público fiel que o acompanhará durante muitos anos. Em São Paulo, também é notável seu sucesso. Entrevistas, concursos, convites para shows de caridade, audições em clubes, boates, rádio e teatros pelo interior do estado.

No fim do ano, assina contrato com a Companhia Dercy Gonçalves e atua ao lado da famosa atriz, na super revista SABE LÁ O QUE É ISSO?, de Jorge Murad, Paulo Orlando e Humberto Cunha, no Cine Theatro Odeon.

O ator Mazzaropi, aos 36 anos, tem grande prestígio no teatro e na rádio com os programas na Tupi do Rio de Janeiro e Baré de Manaus.

A PRIMEIRA RISADA NA TV. E COM PATROCÍNIO

1950: em 18 de setembro, é inaugurada a primeira emissora de televisão brasileira, a TV Difusora de São Paulo, canal 3. Convidado para o show de estréia, Mazzaropi torna-se o primeiro humorista na TV. Inicialmente, à semelhança da rádio, apresenta-se sozinho, mas em poucos dias, a direção resolve lançar o programa RANCHO ALEGRE com Amácio e a atriz Geny Prado. Toda 4ª feira, às 21h00, sob a direção de Cassiano Gabus Mendes e patrocínio da Philco, o primeiro patrocinador da TV brasileira.

1951: em 20 de janeiro, Mazzaropi é enviado para o programa inaugural da TV Tupi do Rio, “o maior caipira do rádio brasileiro”. Mazzaropi agrada. Sucesso estrondoso. Passa a apresentar um quadro na TV Rio toda quinta, à noite.
Mazzaropi trabalha na Rádio e TV Tupi de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de shows em teatros.

O CINEMA

1951: os diretores Abílio Pereira de Almeida e Tom Payne estavam no Nick Bar, em São Paulo, quando viram Mazzaropi na TV. Resolvem chamá-lo para um teste na Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Entre muitos candidatos, Mazzaropi é escolhido e contratado por 15 contos mensais, mais gratificação anual de 60 contos, para filmar SAI DA FRENTE. Mazzaropi está com 39 anos.

1952: o filme é lançado no dia 15 de junho em 12 cinemas de São Paulo.
A estréia no cinema projeta sua carreira artística. E na esteira do êxito, as Emissoras Associadas lançam o “Bernard Shaw do Tucuruvi”, na novela sertaneja O MEU MUNDO É AQUELE RANCHO, escrito pelo radialista Teixeira Filho.
Famoso, sua vida passa a ser contada em capítulos no jornal A Hora. Essas promoções e o sucesso de SAI DA FRENTE, fazem a Companhia Vera Cruz acelerar a produção de um novo filme com Mazzaropi: NADANDO EM DINHEIRO. Em 27 de outubro, estréia em 36 cinemas de São Paulo.

1953: Mazzaropi faz outro filme: CANDINHO.
A Companhia Vera Cruz já demonstra os primeiros sinais de problemas financeiros e atrasa a edição do filme.

1954: o lançamento só acontece em 25 de janeiro, no Cine Ipiranga e circuito de 25 salas. A obra é uma adaptação de CANDIDE, de Voltaire.

A Vera Cruz não vai nada bem, mas mesmo assim, Mazzaropi é um dos oito atores que a Companhia mantém contratado. Enquanto a Vera Cruz afunda na crise financeira, ele se preocupa com o futuro no rádio e, para surpresa geral, anuncia sua saída das Emissoras Associadas indo para a Rádio Nacional de São Paulo. O novo programa é transmitido aos sábados, às 21h30, com Mazzaropi em visitas aos clubes da cidade, onde conta piadas, canta e faz imitações. Fica no ar de 1953 a 1955.

1955: filma A CARROCINHA, numa produção da Fama Filmes e Produções Jaime Prades que, logo depois, de volta à Espanha, produz o clássico EL CID.

1956: faz seu 5º filme, O GATO DE MADAME, pela Brasil Filmes. Lançado no mesmo ano, o filme marca a estréia de Odete Lara no cinema.
Mazzaropi assina contrato com os irmãos Eurides e Eudes Ramos, da Cinelândia Filmes, do Rio de Janeiro, e Oswaldo Massaini, da Cinedistri, de São Paulo. Faz os filmes O FUZILEIRO DO AMOR e O NOIVO DA GIRAFA, o primeiro lançado em 1956 e o outro no ano seguinte.

1958: seu 8º filme, CHICO FUMAÇA, é produzido pela Cinedistri.


SURGE A PAM FILMES

Pronto o filme, Mazzaropi acha que chegou o momento de arriscar alto, era tudo ou nada, e resolve criar sua própria produtora, a Produções Amácio Mazzaropi (P.A.M. FILMES). Com recursos próprios, inicia as filmagens de CHOFER DE PRAÇA. Para produzir o filme, Mazzaropi vende a casa, carro e tudo que podia para alugar os estúdios e equipamentos da Companhia Vera Cruz. Além de produzir, Mazzaropi passa a cuidar do lançamento e distribuição de seus filmes por todo o Brasil controlando na bilheteria o resultado dos filmes. Estava com 46 anos.

1959: em cartaz, CHICO FUMAÇA e CHOFER DE PRAÇA.
Mazzaropi aceita o convite de José Bonifácio de Oliveira, o Boni, na época da TV Excelsior de São Paulo, para fazer um programa de variedades que ficará no ar até 1962. No programa, além de contar piadas e cantar, recebia convidados.
No final do ano, filma JECA TATU.

1960: o filme chega aos cinemas em 25 de janeiro de 1960. Mazzaropi inicia as filmagens de seu 11º filme AS AVENTURAS DE PEDRO MALASARTES, obra que marca sua estréia na direção. O filme foi lançado em 5 de outubro. Num ritmo frenético, Mazzaropi inicia um novo filme.
1961: ZÉ DO PERIQUITO é lançado em 1 de maio.

A FAZENDA SANTA

Ainda em 61, Mazzaropi adquire os 184 alqueires da Fazenda da Santa e inicia a construção do primeiro estúdio.

Realiza TRISTEZA DO JECA, o primeiro filme colorido, em Eastmancolor, com revelação e trucagem feitas na cidade do México. Lançado em setembro, o filme é um sucesso e motivo de orgulho para Mazzaropi. Pela primeira vez, um filme seu era exibido na TV, no Festival de Cinema Brasileiro da TV Excelsior, em outubro.
Ainda naquele ano, roda seu 14º filme: O VENDEDOR DE LINGÜIÇA.

1962: o filme estréia em 30 de abril.
Este foi um ano promissor para Amácio Mazzaropi. Produz A CASINHA PEQUENINA, completa 50 anos e é convidado para o programa BRASIL 62, de Bibi Ferreira, na TV Excelsior, de São Paulo.

TRISTEZA DO JECA é contemplado duplamente com o prêmio Cidade de São Paulo: melhor ator coadjuvante para Genésio Arruda e melhor música para Hector Lagna Fietta.

No final do ano, o cineasta arremata em leilão a metade dos equipamentos da Vera Cruz.

1963: A CASINHA PEQUENINA, filme colorido, é considerado pela crítica como um épico. Lançado em 21 de janeiro, marca a estréia de Tarcísio Meira e Luis Gustavo no cinema.

Com a ajuda de Agostinho Martins Pereira, Mazzaropi importa equipamentos de som direto.
Produz O LAMPARINA totalmente rodado na Fazenda (da) Santa.

1964: o filme é lançado em 20 de janeiro, em 23 cinemas da capital. Realiza MEU JAPÃO BRASILEIRO.

1965: lança o filme e começa a produzir O PURITANO DA RUA AUGUSTA, em homenagem à famosa rua da cidade de São Paulo.

1966: lança o filme e produz O CORINTHIANO.
É homenageado no 3º Festival do Cinema Brasileiro de Teresópolis. Recebe também o Troféu da Simpatia Popular no Programa Silvio Santos.

1967: Estréia O CORINTHIANO, em 23 de janeiro, com a presença da torcida organizada Os Gaviões da Fiel.

Produz o 20º filme da sua carreira, O JECA E A FREIRA.
Mazzaropi recebe o troféu de Campeão de Bilheteria no 4º Festival de Teresópolis.

1968: em 17 de janeiro, recebe e manda emoldurar, o bilhete de Austragésilo de Athayde, presidente da Academia Brasileira de Letras, sobre o recém-lançado O JECA E A FREIRA: “…Mazzaropi alcançou, no cinema, o mais alto nível de sua arte. É hoje, sem nenhum favor, um artista de categoria mundial.”
Produz NO PARAÍSO DAS SOLTEIRONAS.

1969: o filme chega aos cinemas em 23 de janeiro e rende, até 19 de fevereiro de 1970, 2 bilhões e 650 milhões de cruzeiros.


Produz e lança no mesmo ano UMA PISTOLA PARA DJECA. É um dos grandes sucessos de bilheteria no País. Mazzaropi recebe do Instituto Nacional de Cinema (INC), o prêmio de Cr$ 186.168,43 - correspondente a 5% da renda do filme.

1970: realiza sua obra autobiográfica, BETÃO RONCA FERRO.

1971: lança o filme em 23 de janeiro e produz O GRANDE XERIFE. Quase simultaneamente, roda UM CAIPIRA EM BARILOCHE, sua 25ª obra cinematográfica.

1972: lança, em 22 de janeiro, O GRANDE XERIFE.

Encontra-se em 18 de outubro, com o Presidente da República Emílio Garrastazu Médici, no Palácio da Alvorada, em Brasília. Na ocasião, Mazzaropi solicita maior apoio ao cinema brasileiro.

1973: lança UM CAIPIRA EM BARILOCHE sua primeira película rodada no exterior. Roda PORTUGAL, MINHA SAUDADE, no Brasil e em Portugal.

1974: lança o filme em 21 de janeiro. Sobre UM CAIPIRA EM BARILOCHE, o respeitado crítico e intelectual Paulo Emílio Salles Gomes faz uma análise séria e sem paixão assegurando que, na verdade, “ele atinge o fundo arcaico da sociedade brasileira e de cada um de nós”. Mazzaropi se incorpora ao universo da cultura popular brasileira.

Ainda nesse ano filma O JECA MACUMBEIRO que entra em cartaz no ano seguinte.

UMA INDÚSTRIA DE CINEMA

1975: produz JECA CONTRA O CAPETA (28º).

O ano marca o início das construções do novo estúdio localizado no Bairro dos Remédios, em Taubaté, numa área de 160 mil m², com 20 apartamentos luxuosos, restaurantes, estúdio de 1.000 m², piscina, lago, alojamentos para equipe técnica e artistas, reserva técnica, oficina de cenários, carpintaria e outras instalações. O novo local leva o nome Hotel Studio PAM Filmes.

JECA CONTRA O CAPETA é produzido simultaneamente nos dois estúdios.

1976: lança o filme em 1 de março.

1977: produz JECÃO…UM FOFOQUEIRO NO CÉU (29º) e o lança em junho. Em 17 de fevereiro, Mazzaropi se encontra com o Presidente Ernesto Geisel, em Taubaté. Foi um encontro rápido e falaram só de cinema.

Filma O JECA E SEU FILHO PRETO (30º).

1978: lançamento do filme. Conforme Rubens Biáfora, o filme enfoca “o problema racial entre nós, segundo a ótica de Mazzaropi, mas talvez não com a coerência ou a obediência à moral convencional, que lhes deveriam ser inerentes e indispensáveis”.

Em 7 de setembro, Mazzaropi é recebido, em Taubaté, pelo Presidente General João Baptista Figueiredo e o encontro se resumiu em um abraço num palanque e aplausos para o ator.

Roda A BANDA DAS VELHAS VIRGENS (31º).

1979: lança o filme e já bastante debilitado pela doença, faz O JECA E A ÉGUA MILAGROSA, seu 32º e último filme.

1980: depois do lançamento do filme, começa a produção de MARIA TOMBA HOMEM, obra jamais realizada.

1981: Amácio Mazzaropi morre aos 69 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 13 de junho; causa mortis, septicemia.

No mesmo dia é sepultado em Pindamonhangaba-SP, no Cemitério Municipal da Cidade, onde seu pai Bernardo Mazzaropi já estava enterrado.

1983: Clara Ferreira Mazzaropi morre em 12 de março, aos 91 anos, no Hospital Albert Einstein de São Paulo; causa mortis, broncopneumonia. Está enterrada também em Pindamonhangaba, junto ao marido e o filho.

1991: é criado o Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH) da Universidade de Taubaté que inicia o trabalho de recuperação da história de Amácio Mazzaropi.

1992: a Universidade de Taubaté e o Hotel Fazenda Mazzaropi assinam um acordo de comodato. O CDPH e o Museu do Homem Caipira são transferidos para uma área cedida pelo Hotel. Os acervos sobre Mazzaropi da Universidade e do Hotel são expostos ao público e a pesquisa é intensificada.

1993: é instituído pela Câmara Municipal de Taubaté, por iniciativa do vereador Roberto Peixoto, o Dia Mazzaropi.

1994: é realizada a exposição “Mazzaropi. A imagem de um caipira” no SESC Interlagos, São Paulo, numa realização conjunta da Universidade de Taubaté, Hotel Fazenda Mazzaropi e SESC. O evento é visitado por mais de 200 mil pessoas.

Paralelo ao evento, é publicado o catálogo “Mazzaropi. A imagem de um caipira”.
Encerrado o comodato entre a UNITAU e o Hotel Fazenda Mazzaropi, o CDPH continua suas pesquisas sobre o cineasta e o Hotel inaugura o Museu Mazzaropi dando início a uma série de ações que visam recuperar e divulgar a memória do ator.

1996: o Museu passa a promover, sempre em abril, a Semana Mazzaropi.

1998: é feito um convênio de cooperação cultural entre a Universidade de Taubaté e Hotel Fazenda Mazzaropi.

2000: o Museu Mazzaropi, em parceria com a Votorantim, começa a restauração da Fazenda Santa onde Mazzaropi montou seu primeiro estúdio de cinema.

ENTREVISTA DE MAZZAROPI PARA A VEJA

"O Brasil é o meu público"
Entrevista: Mazzaropi / Veja 28-01-1970

De Jeca a Djeca, um sucesso de 25 anos, com os cinemas sempre lotados
Por Armando Salem
Esta semana, mais um de seus filmes está sendo lançado nos cinemas de São Paulo para depois correr o Brasil. "Uma Pistola para Djeca". Produtor, ator, criador do personagem, ele é capaz de jurar que Djeca não vem de Django, o pistoleiro italiano: "Djeca é um herói caboclo do Brasil do século XIX". Ele é Amácio Mazzaropi, sucesso garantido em bilheteria, um homem que dá risadas das histórias contadas a respeito de sua fortuna. Mora numa casa classe média - três quartos, sala, banheiro, cozinha - num bairro classe média de São Paulo. Na garagem, um automóvel Galaxie amarelo, que Mazzaropi mesmo dirige, desmente uma das histórias: a do bilionário caipira que - charuto na boca, terno de linho branco trocado pelo chapéu-coco, chofer na direção de um magnífico Rolls-Royce - de vez em quando passeia nas ruas da cidade. Parece ser um homem simples, como os personagens que viveu durante 25 anos (completa o jubileu este ano) nas telas dos cinemas nacionais. Tem um pouco do "Zé do Periquito", do "Padre", do "Corinthiano".
Solteirão nascido na capital de São Paulo em 9 de abril de 1912, filho de um casal classe média, Dona Clara e Bernardo - um próspero dono de mercearia - iria crescer sem problemas financeiros mas com muita preguiça: mal conseguiu terminar o ginásio. Do avô Amácio Mazzaropi (imigrante italiano que foi trabalhar nas terras do Paraná) não herdou só o nome, mas o gosto pela vida do campo que o levou um dia a pesquisar no interior o personagem de calças curtas, canela aparecendo, botinas, fala arrastada - o caipira Mazzaropi.
DO CIRCO AO CINEMA, SEMPRE O MESMO PERSONAGEM
Veja - Qual é o seu público?
Mazzaropi - Meu público é o Brasil, do Oiapoque ao Chuí. Eu loto casa em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Acre, Rondônia, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, ilha do Bananal...
Veja - Sim, mas como você definiria esse público: gente simples, classe baixa, elite, velho, moço?
Mazzaropi - É público bom, fiel.
Veja - Você não gosta de falar?
Mazzaropi - Não.

Veja - Por quê?
Mazzaropi - Porque deturpam tudo o que eu falo.
Veja - Quem deturpa?
Mazzaropi - A crítica. A imprensa.
Veja - E como se faz para contar quem é Mazzaropi e o que ele pretende fazer daqui para a frente?
Mazzaropi - Conte minha verdadeira história, a história de um cara que sempre acreditou no cinema nacional e que, mas cedo do que todos pensam, pode construir a indústria do cinema no Brasil. A história de um ator bom ou mau que sempre manteve cheios os cinemas. Que nunca dependeu do INC - Instituto Nacional do Cinema - para fazer um filme. Que nunca recebeu uma crítica construtiva da crítica cinematográfica especializada - crítica que se diz intelectual. Crítica que aplaude um cinema cheio de símbolos, enrolado, complicado, pretensioso, mas sem público. A história de um cara que pensa em fazer cinema apenas para divertir o público, por acreditar que cinema é diversão, e seus filmes nunca pretenderam mais do que isso. Enfim, a história de um cara que nunca deixou a peteca cair.
Veja - Conte então sua história.
Mazzaropi - Quando eu comecei minha vida artística, muito pouca gente que vai ler esta história existia. Nasci em 1912, e na época em que comecei tinha uns quinze anos. Naquele tempo, o gênero de peças que fazia sucesso no teatro era caipira. E, como todo mundo, eu gostava de assisti-las. Dois atores, em particular, me fascinavam. Genésio e Sebastião de Arruda. Sebastião mais que Genésio, que era um pouco caricato demais para meu gosto. Nem sei bem por que, de repente, lá tava eu trabalhando no teatro. Mas não como ator - eu pintava cenários. Aliás, eu amava a pintura, sempre amei a pintura. Pois bem, um belo dia "perdi" o pincel e resolvi seguir a carreira de ator. No começo procurei copiar a naturalidade do Sebastião, depois fui para o interior criar meu próprio tipo: caboclão bastante natural (na roupa, no andar, na fala). Um simples caboclo entre os milhões que vivem no interior brasileiro.

Saí pro interior um pouco Sebastião, voltei Mazzaropi. Não mudei o nome (embora tivessem cansado de me aconselhar a mudá-lo) por acreditar não haver mal nenhum naquilo que eu ia fazer. Os amigos diziam que Mazzaropi não era nome de caipira, que era nome de italiano, mas eu respondia para eles que, se não era, iria virar. Que eu não tinha vergonha do que ia fazer e, por isso, ia fazer com meu nome. E o público gostou do meu nome, gostou do que eu fiz. Turnês em circos, teatros, recitando monólogos dramáticos, fazendo a platéia rir, chorar. Mas sempre com uma preocupação: conversar com o público como se fosse um deles. Ganhava 25 mil-réis por apresentação quando comecei, passei a ganhar bem mais quando montei a minha própria companhia (1). De nada adiantou a preocupação dos meus pais quando eu saí de casa: "quem faz teatro morre de fome em cima do palco". Eu fiz e não morri, pelo contrário, sempre tive sorte - sempre ganhei dinheiro. Mas eu era bom, era o que o público queria. Em 1946 assinava um contrato na Rádio Tupi - onde fiquei oito anos. Em 1950 ia para o Rio de Janeiro inaugurar o canal 6, e começava minha vida na televisão (2). Um dia, num bar que havia pegado ao Teatro Brasileiro de Comédia, entrou Abílio Pereira de Almeida. A televisão estava ligada, o programa era o meu. Ele me viu. Uma semana depois, uma série de testes me aprovava para fazer o meu primeiro filme: "Sai da Frente". Meu primeiro salário no cinema - 15 contos por mês. No segundo já ganhava 30, depois 300, hoje eu produzo meus próprios filmes. E o público, como no meu tempo de circo, vai ver um Mazzaropi que faz rir e chorar. Um Mazzaropi que não muda.

A MÁGOA DE MAZZAROPI: UMA CRÍTICA QUE SÓ PENSA EM DINHEIRO
Veja - Sua história parece girar em torno de cifras. Você é louco por dinheiro?
Mazzaropi - Não, acho que dinheiro não traz felicidade na vida. Tá certo que ajuda, mas, em compensação, quem tem, além de viver intranquilo, passa a ter desconfiança em vários setores da vida. Quem tem dinheiro sempre duvida de quem se aproxima - não sabe se é um amigo ou se vem dar uma bicada.
Veja - Quanto você ganha?
Mazzaropi - Mas por que vocês se preocupam tanto com o que eu ganho? Vão perguntar pro Pelé, que marcou mil gols. Ele é muito mais rico que eu. Tudo que tenho em meu nome é a casa onde moro. O resto está tudo em nome da Pam-Filmes.
Veja - Tem sócio?
Mazzaropi - Não, não tenho. Tenho o necessário para pensar em fazer amanhã ou depois a indústria cinematográfica de que falei. Tenho câmeras de filmar, holofotes, lâmpadas, cavalos, cenários, agências em São Paulo, Rio, Norte do país, e uma fazenda de 184 alqueires no Vale do Paraíba - Taubaté - que serve perfeitamente de estúdio para os filmes que rodo. Como vê, tudo que ganho é aplicado na Pam-Filmes, no cinema brasileiro. E depois vêm esses críticos de cinema metidos a intelectuais dizendo: "O Mazzaropi tá cheio de dinheiro. Ele tá podre de rico. Não sabe onde pôr o dinheiro". Não são capazes de entender que eu faço cinema como indústria. E o cinema é uma indústria como qualquer outra. Eu faço o cinema-indústria e vou fazer a indústria brasileira de cinema.
Veja - Acredita mesmo nisso?
Mazzaropi - Acredito e não estou longe dela. Não uma indústria exportadora. Não sou visionário. Uma indústria que seja capaz de suprir o mercado interno de filmes é o suficiente. Não podemos pensar em conquistar o mercado externo - nós não temos nem lâmpadas aqui. Tudo que temos vem de lá. Mas, se nós pudermos ter uma indústria produzindo fitas nacionais, se nossas salas ficassem ocupadas por fitas nacionais, quanto dinheiro nós estaríamos evitando de mandar para fora!
Veja - É um sonho muito bonito. Mas há público no Brasil para fitas nacionais? Ou seria a falência dos exibidores?
Mazzaropi - Não posso falar pelos outros porque não conheço os resultados dos números daquilo que eles fazem. Tenho muita vaidade em dizer que eu não tenho nenhum problema de exibição de meus filmes. Os exibidores fazem fila na porta da Pam-Filmes. O público vai ver minhas fitas e sai satisfeito. Eu já consegui colocar 13000 pessoas num dia, nas várias sessões do Art Palácio, em São Paulo. Com isso, ando de cabeça erguida. Agora, pelo outro tipo de filme feito no Brasil, não respondo. Não sei se ele pode ajudar a indústria cinematográfica nacional.
Veja - Que outro tipo de filme?
Mazzaropi - Esse tal de Cinema Novo.
Veja - Você é contra o Cinema Novo?
Mazzaropi - Não, eu não tenho nada contra ele. Só acho que a gente tem que se decidir: ou faz fita para agradar os intelectuais (uma minoria que não lota uma fileira de poltronas de cinema) ou faz para o público que vai ao cinema em busca de emoções diferentes. O público é simples, ele quer rir, chorar, viver minutos de suspense. Não adianta tentar dar a ele um punhado de absurdos: no lugar da boca põe o olho, no lugar do olho põe a boca. Isso é para agradar intelectual.
Veja - Você parece ter muito raiva dos intelectuais.
Mazzaropi - E tenho mesmo. É fácil um fulano sentar numa máquina e escrever: "Hoje estréia mais um filme de Mazzaropi. Não precisam ir ver, é mais uma bela porcaria". Mas não explicam por quê. Talvez com raiva pelo fato de eu ganhar dinheiro, talvez por acreditarem que faço as fitas só para ganhar dinheiro. Mas não é verdade, porque o maior de todos os juízes fugiria dos cinemas se isso fosse verdade - o público.
Veja - O que você acredita oferecer para o seu público?
Mazzaropi - Distração em forma de otimismo. Eu represento os personagens da vida real. Não importa se um motorista de praça, um torcedor de futebol ou um padre. É tudo gente que vive o dia-a-dia ao lado da minha platéia. Eu documento muito mais a realidade do que construo. Quando eu falo tanto na parte comercial, não quer dizer que é só com isso que eu me preocupo. Se um crítico viesse a mim fazer uma crítica construtiva, mostrar uma forma melhor de eu ajudar o público - eu aceitaria e o receberia de braços abertos. Mas em momento nenhum aceitaria que ele tentasse mudar minha forma de fazer fitas. Elas continuariam as mesmas, pois é assim que o público gosta e é assim que eu ganho dinheiro para amanhã ou depois aplicar mais na indústria brasileira do cinema. E se os críticos se preocupassem menos com o que eu ganho e mais com as salas vazias do Cinema Novo entenderiam que cinema sem dinheiro não adianta. Que não adianta a gente começar pondo o carro adiante dos bois.
Veja - Quanto rendem seus filmes
Mazzaropi - A resposta só pode ser dada pela contabilidade do escritório da Pam. É lá que eu confiro os balanços. De cabeça só tenho as cifras da renda total do filme que exibi no ano passado: "O Paraíso das Solteironas". Do dia da estréia, 24 de janeiro de 1969, até 19 de janeiro de 1970, o filme rendeu 2 bilhões e 650 milhões de cruzeiros velhos.
Veja - Quanto custou a produção?
Mazzaropi - Não me lembro.
Veja - E a do último?
Mazzaropi - "Uma Pistola para Djeca" ficou entre 500 e 600 milhões de cruzeiros velhos. É o meu filme mais caro e mais bem cuidado. Colorido especial, guarda-roupa especialmente feito para o filme, que está, realmente, muito bonito. Procuro sempre melhorar a qualidade técnica dos filmes que produzo. É este o algo mais que eu procuro dar ao público. Infelizmente, o que falta no Brasil é gente inteligente, que entenda de cinema. Faltam diretores, roteiristas, cinegrafistas, falta tudo.
Veja - Dos papéis que já representou, qual o mais importante?
Mazzaropi - Gostei de todos os filmes que fiz, por isso é difícil dizer qual o papel que mais me realizou.

Veja - Não teria sido "Nadando em Dinheiro"?
Mazzaropi - Quem sabe! Não é verdade, é brincadeira. Gostei do Candinho, do Motorista, do Corintiano, gostei mesmo de todos. Mas talvez eu fique com a opinião do presidente da Academia Brasileira de Letras, que, no dia 17 de janeiro de 1968, escrevia e assinava um bilhete dirigido a mim (eu o guardo até hoje num quadro sobre a lareira de minha sala): "Astraugesilo de Ataide considera que, com "Jeca Tatu e a Freira" Mazzaropi alcançou no cinema o mais alto nível de sua arte. É hoje, sem nenhum favor, um artista de categoria mundial".

A FAVOR DO PALAVRÃO MAS CONTRA OS EXAGEROS DO SEXO

Veja - Você contou ter entrado no teatro através da pintura. Até hoje você pinta?
Mazzaropi - Não, apenas gosto.
Veja - Que gênero prefere?
Mazzaropi - Sou um conservador, prefiro a pintura clássica. Principalmente dos quadros que têm paisagem, talvez por me fazerem lembrar o campo, o contato com a natureza.
Veja - E quanto a leitura?
Mazzaropi - Só leio "Tio Patinhas".
Veja - Sente saudade do teatro?
Mazzaropi - Oh, se sinto. Mas de vez em quando dá pra matá-la. Faço alguns shows beneficentes em circos e teatros do interior.
Veja - Representando coisa séria? Ou vivendo o caipira Mazzaropi?
Mazzaropi - É muito difícil separar um do outro. Eu já fiz teatro sério: interpretei "Deus lhe Pague" e "Anastácio", de Juracy Camargo; "Era uma vez um Vagabundo", do Wanderlei, e várias peças do Oduvaldo Viana. Em todas elas eu sempre fui Mazzaropi. Não interessa se fazia o público rir ou chorar. Ele sempre estava vendo o Mazzaropi, pois eu não posso mudar meu jeito de rir, falar, olhar.
Veja - Você vai muito ao teatro?
Mazzaropi - Sim, bastante.
Veja - O que pensa do novo teatro, do palavrão, do nu?
Mazzaropi - Não tenho nada contra ele. Pelo contrário, até gosto das peças que têm nu, palavrão, mas quando eles vêm por necessidade, por decorrência da própria história. Não do palavrão, do nu forçados. De um punhado de gente pelada se esfregando maliciosamente pelas paredes do teatro; do sensacionalismo para ganhar público. No início, eles vão conseguir encher os teatros - é certo. Mas e depois, este público volta? Não, claro que não volta. Nem a minoria que vai ao teatro consegue agüentar ficar vendo gente pelada e ouvindo palavrões o tempo inteiro. Calculem a população de São Paulo e façam uma relação do número de teatros que nós temos e vejam quantos estão cheios. Vejam quantos lugares têm esses teatros - e verão que a freqüência é mínima. O grande público fica em casa. Aceita Chacrinha, Sílvio Santos, Hebe Camargo, vê televisão. Vai ao cinema ver os meus filmes e depois eu passeio pelas ruas e ouço um pai de família: "Mazzaropi, seus filmes são ótimos. A gente pode levar a família para assisti-los". Já imaginaram se eu aparecesse pelado para esse público? Ele nunca mais iria me assistir no cinema.
Veja - Você falou na aceitação da televisão. Por que não volta a fazer?
Mazzaropi - Já tenho muito trabalho com a Pam-Filmes. Faço um filme por ano - mas ele dá um trabalho! Cinco meses de preparação de roteiro, cenários, etc. Dois meses para filmar. O resto é problema de distribuição. Não dá para fazer mais nada. E não estou mais na idade de ter patrão. Tenho meu negócio, trabalho a hora que quero. Não dou satisfação a ninguém. Na TV eu iria ter patrão.
Veja - Mas você gosta de televisão?
Mazzaropi - Oh, se gosto. Assisto sempre. Tudo que consegue se comunicar com o público me fascina. Gosto do Sílvio Santos e da Hebe, principalmente. Eles vieram do nada como eu. Ganham dinheiro para divertir o público, e divertem. Não adianta nada a crítica chamar a Hebe de burra. Ela nunca disse para ninguém que era professora. Não adianta dizer que ela só fala bobagens - o público gosta do que ela fala. E quem manda é o público.
Veja - Tem planos para o futuro?
Mazzaropi - Sim, continuar fazendo filmes até morrer - é a única coisa que sei fazer na vida. Quero morrer vendo uma porção de gente rindo em volta de mim.

Observações do Museu Mazzaropi
(1) Após realizar seu último filme pela Cinedistri, Chico Fumaça, de 1956, Mazzaropi já era famoso no cinema nacional e resolveu que estava na hora de investir em si mesmo. Isso porque via as grandes filas no cinema e eram, geralmente, os donos das produtoras que sempre ganhavam muito dinheiro.
O sucesso de Chico Fumaça fez com que Mazzaropi comentasse com sua mãe, Dona Clara, que o proprietário da companhia Cinedistri, sr. Massaini, ganhara muito dinheiro com o sucesso dos filmes em que ele participara e pediu para que ela o apoiasse num investimento que pretendia fazer.
Ele queria produzir um filme, mas para levar seu projeto adiante não hesitou em se desfazer dos seus bens: dois carros Chevrolet americanos, terrenos, economias bancárias e perguntou ao seu filho de criação, Péricles Moreira, se fosse necessário, se ele não se importaria em trocar o colégio particular por um colégio estadual. Mazzaropi ficou apenas com o terreno do Itaim Bibi.
Em 1958, consegue produzir seu primeiro filme, Chofer de Praça. Não foi fácil, no início teve que alugar os estúdios da Cia Vera Cruz para as gravações internas e as filmagens externas foram rodadas na cidade de São Paulo com os equipamentos alugados da Vera Cruz. Estava inaugurada a PAM Filmes - Produções Amácio Mazzaropi.


(2) Na verdade, em setembro de 1950, Mazzaropi, com 38 anos, estreava na TV Tupi de São Paulo o mesmo show que tinha sido sucesso durante muito tempo na Rádio Tupi: Rancho Alegre - o programa era ao vivo, todas as quartas, às 21 horas.
Quatro meses depois, janeiro de 1951, Mazzaropi é convidado para a inauguração da TV Tupi no Rio de Janeiro. No alto do Pão de Açúcar, onde se achava instalada a torre transmissora, acontece a grande festa com a presença do Presidente, General Eurico Gaspar Dutra.
A apresentação do show inaugural coube a Luis Jatobá, primeiro locutor da Tupi carioca.
Mazzaropi também passou pela TV Excelsior fazendo parte de um programa de sucesso na época, apresentado por Bibi Ferreira, Brasil 63.
FILMES DE MAZZAROPI
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Sai da Frente
Nadando em Dinheiro
Candinho
A Carrocinha
O Gato de Madame
Fuzileiro do Amor
O Noivo da Girafa
Chico Fumaça
Chofer de Praça
Jeca Tatu
As Aventuras de Pedro Malasartes
Zé do Periquito
Tristeza do Jeca
O Vendedor de Lingüiça
Casinha Pequenina
O Lamparina
Meu Japão Brasileiro
O Puritano da Rua Augusta
O Corinthiano
O Jeca e a Freira
No Paraíso das Solteironas
Uma Pistola para Djeca
Betão Ronca Ferro
O Grande Xerife
Um Caipira em Bariloche
Portugal Minha Saudade
O Jeca Macumbeiro
Jeca Contra o Capeta
Jecão...Um Fofoqueiro no Céu
Jeca e o seu Filho Preto
A Banda das Velhas Virgens
O Jeca e a Égua Milagrosa.
A VIDA DE MAZZAROPI - DADOS CRONOLÓGICOS.

SILVIO SANTOS, DA ENTREVISTA À FOLHA SOBRE POSSIVEL VENDA DO SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO, POR CONTA DE DIVIDA DO GRUPO SILVIO SANTOS,

SILVIO SANTOS, DA ENTREVISTA À FOLHA SOBRE POSSIVEL VENDA DO SISTEMA BRASILEIRO DE TELEVISÃO, POR CONTA DE DIVIDA DO GRUPO SILVIO SANTOS, COM REDE BANCARIA
Folha - Eu gostaria que o sr. desse uma palavra para o público sobre tudo o que está acontecendo no banco.
Silvio Santos - Não posso porque eu assinei um termo de confidencialidade. Eu assinei um termo de conf... confidencialidade... é até difícil de falar! Não posso comentar nada. Só quem pode falar é o Fundo Garantidor de Crédito.
O sr. se encontrou com o Lula. Falou com ele sobre isso?
Que Lula?
O presidente.
Estive com ele falando sobre o Teleton [programa que arrecada recursos para a AACD]. Ele está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil [que disse que doaria].
Eu falei para ele: "Se você der R$ 13 mil, a Dilma pode ganhar a eleição". Porque é o número dela, não é? Não é 13 o número da Dilma? "Pode ser que Deus te ajude e ela ganhe a eleição."
E ela ganhou do mesmo jeito.
Mas aí é que tá: agora tô preocupado [risos]. Ele fez a promessa e não cumpriu.
E o senhor votou nela?
Eu estou com 80 anos. Você acha que eu vou sair de casa para votar? Vou votar é em mim mesmo aqui em casa.
E aquela história da bolinha [reportagem do SBT afirmou que o candidato tucano, José Serra, foi atingido, numa manifestação, por uma bolinha de papel, e não por um objeto mais pesado, como ele dizia]? Todo mundo está falando que o SBT fez a reportagem porque estava com problema no banco.
Mas que bolinha?
A bolinha que caiu na cabeça do Serra.
Caiu alguma coisa na cabeça dele? [risos] Caiu alguma coisa na cabeça dele?
Na campanha.
Ah, não foi hoje?
Não.
Ah, eu não sei desse negócio de bolinha, não. Isso aí, olha, eu não vejo TV. Televisão, para mim, é trabalho. Só vejo filme. Agora que você ligou para mim eu estava vendo a Fontana di Trevi. Você já viu esse filme, "A Fonte dos Desejos" (de Jean Negulesco)? Eu estava vendo agora.
E essa informação de que o empresário Eike Batista quer comprar o SBT?
No duro?
É.
Ah, me arranja! Arranja para mim que eu te dou uma comissão.
O senhor venderia?
Se ele me pagar bem, por que não? Quem é? "Elque"?
Eike, um dos homens mais ricos do Brasil.
Ele é americano? Eike?
Brasileiro.
Não, não conheço. Mas, se ele pagar os R$ 2,5 bilhões que estou devendo, vendo, é claro que vendo. Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem passar pelo Fundo Garantidor de Crédito.

MEIO AMBIENTE E AQUECIMENTO GLOBAL

Introdução

Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.
A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.
Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.

Derretimento de gelo nas calotas polares: uma das conseqüências do aquecimento global.
Conseqüências do aquecimento global e destruições de cidades litorâneas.

- Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas onde causaram grandes destruição;
- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas têm sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.

Desmatamento na Amazônia: corte ilegal de árvores
História do desmatamento no Brasil
O desmatamento, também chamado de desflorestamento, nas florestas brasileiras começou no instante da chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a confecção de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.
Desmatamento na Amazônia e na Mata Atlântica
Desde então, o desmatamento em nosso país foi uma constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de madeiras de lei como o mogno, por exemplo, empresas madeireiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal. Um relatório divulgado pela WWF ( ONG dedicada ao meio ambiente ) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atinge 13% da cobertura original. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobrevive a cobertura original de 1500. Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano têm provocado o desmatamento. A derrubada de matas tem ocorrido também nas chamadas frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para o plantio.

Poluição do ar : uma das causas do efeito estufa

Introdução
O efeito estufa tem colaborado com o aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos últimos 500 anos. Pesquisadores do clima afirmam que, num futuro próximo, o aumento da temperatura provocado pelo efeito estufa poderá ocasionar o derretimento das calotas polares e o aumento do nível dos mares. Como conseqüência, muitas cidades litorâneas poderão desaparecer do mapa bem como ilhas e ilhotas também podem.
Como é gerado
O efeito estufa é gerado pela derrubada de florestas e pela queimada das mesmas, pois são elas que regulam a temperatura, os ventos e o nível de chuvas em diversas regiões. Como as florestas estão diminuindo no mundo, a temperatura terrestre tem aumentado na mesma proporção. Um outro fator que está gerando o efeito estufa é o lançamento de gases poluentes na atmosfera, principalmente os que resultam da queima de combustíveis fósseis. A queima do óleo diesel e da gasolina nos grandes centros urbanos tem colaborado para o efeito estufa. O dióxido de carbono (gás carbônico) e o monóxido de carbono ficam concentrados em determinadas regiões da atmosfera formando uma camada que bloqueia a dissipação do calor. Outros gases que contribuem para este processo são: gás metano, óxido nitroso e óxidos de nitrogênio. Esta camada de poluentes, tão visível nas grandes cidades, funciona como um isolante térmico do planeta Terra. O calor fica retido nas camadas mais baixas da atmosfera trazendo graves problemas ao planeta.
Problemas futuros
Pesquisadores do meio ambiente já estão prevendo os problemas futuros que poderão atingir nosso planeta caso esta situação persista. Muitos ecossistemas poderão ser atingidos e espécies vegetais e animais poderão ser extintos. Derretimento de geleiras e alagamento de ilhas e regiões litorâneas. Tufões, furacões, maremotos e enchentes poderão ocorrer com mais intensidade. Estas alterações climáticas poderão influenciar negativamente na produção agrícola de vários países, reduzindo a quantidade de alimentos em nosso planeta. A elevação da temperatura nos mares poderia ocasionar o desvio de curso de correntes marítimas, ocasionando a extinção de vários animais marinhos e diminuir a quantidade de peixes nos mares.

Introdução
A água é um bem precioso e cada vez mais tema de debates no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes importantes (rios e lagos), podem ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma providência seja tomada.
Falta de água
Este milênio que está começando, apresenta o grande desafio de evitar a falta de água. Um estudo recente da revista Ciência (julho de 2000) mostrou que aproximadamente 2 bilhões de habitantes enfrentam a falta de água no mundo. Em breve poderá faltar água para irrigação em diversos países, principalmente nos mais pobres. Os continentes mais atingidos pela falta de água são: África, Ásia Central e o Oriente Médio. Entre os anos de 1990 e 1995, a necessidade por água doce aumentou cerca de duas vezes mais que a população mundial. Isso ocorreu provocado pelo alto consumo de água em atividades industriais e zonas agrícolas. Infelizmente, apenas 2,5% da água do planeta Terra são de água doce, sendo que apenas 0,08% está em regiões acessíveis
Causas da poluição das águas do planeta
As principais causas de deteriorização dos rios, lagos e dos oceanos são: poluição e contaminação por poluentes e esgotos. O ser humano tem causado todo este prejuízo à natureza, através dos lixos, esgotos, dejetos químicos industriais e mineração sem controle. Em função destes problemas, os governos preocupados têm incentivado a exploração de aqüíferos (grandes reservas de água doce subterrânea). Na América do Sul, temos o Aqüífero Guarani, um dos maiores do mundo e ainda pouco utilizado. Grande parte das águas deste aqüífero situa-se em subsolo brasileiro.
Problemas gerados pela poluição das águas
Estudos da Comissão Mundial de Água e de outros organismos internacionais demonstram que cerca de 3 bilhões de habitantes em nosso planeta estão vivendo sem o mínimo necessário de condições sanitárias.Um milhão não tem acesso à água potável. Em virtude desses graves problemas, espalham-se diversas doenças como diarréia, esquistossomose, hepatite e febre tifóide, que matam mais de 5 milhões de seres humanos por ano, sendo que um número maior de doentes sobrecarregam os precários sistemas de saúde destes países.


Introdução
Com a redução das florestas e o tráfico de animais silvestres, muitas espécies de animais estão entrando em extinção. Governos de diversos países e sociedades protetoras de animais tem investido recursos para evitar tal violência contra os animais.
Pesquisas e causas da extinção de espécies animais
As últimas pesquisas apontam que milhares de espécies animais foram extintas nos últimos cem anos. Muitas destas espécies jamais serão conhecidas por gerações futuras. Sabemos que, muitas delas, poderiam revelar ao homem informações importantes sobre o meio ambiente e até mesmo a cura para determinados tipos de doenças. Os cientistas não conseguem calcular com exatidão o número de espécie de seres vivos que habitam o nosso planeta. A diversidade biológica é muito grande, porém estima-se que haja em torno de 10 a 15 milhões de espécies da fauna, flora e microorganismos. Deste total, de 5 a 8 milhões seriam insetos, 400 mil seriam plantas, 60 mil de animais vertebrados, 5 mil mamíferos e 10 mil aves.
O relatório Planeta Vivo, elaborado pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza), aponta uma queda significativa na quantidade de espécies entre 1970 a 1995. Este estudo monitorou diversas espécies e chegou a triste conclusão de que 35% dos animais de água doce foram extintos neste período. Com relação aos animais marinhos, a perda foi maior, pois atingiu a ordem de 44%. Um outro relatório importante, fruto de pesquisas, também apontou dados preocupantes. A União para a Conservação da Natureza ( UICN ) mostrou que um quarto das espécies conhecidas pelo homem estão ameaçadas de extinção. Entre estes animais, podemos destacar: o panda gigante da China, o elefante africano, o cervo-da-tailândia, o cavalo selvagem da Europa Central, o bisão da França, a baleia-azul, o leopardo, o lobo-vermelho, o orangotango, entre outros. Entre as espécies vegetais, podem desaparecer do planeta as orquídeas de Chiapas, no México, e as bromélias da América e da África. o Brasil a situação não é diferente. O tráfico de animais silvestres, as queimadas e as agressões aos ecossistemas colocaram vários animais brasileiros na triste lista dos animais em extinção. São alguns exemplos: ararinha, arara-azul, Cachorro-vinagre, Cervo-do-Pantanal, jaguatirica, lobo-guará, mono-carvoeiro, mico-leão-dourado, onça-pintada, tamanduá-bandeira, tatú-canastra, veado-campeiro, entre outros.

Carlos Roberto Lino
Auditor e Perito Ambiental
Carlosaud.periciambiental@gmail.com
oBS: A MATÉRIA NOS CHEGOU COM TODOS, E ILUSTRAÇÕES, MAS INFELIZMENTE, NÃO PUDEMOS APROVEITAR NA PUBLICAÇÃO, POR NÃO TER COMO AS TRANSFERIR PARA ESTE PROGRAMA.
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