quinta-feira, 7 de outubro de 2010

CASO DA GRÁFICA MUNICIPAL EM ANDAMENTO

Quem pensou que estavam paradas as investigações do contrato da empresa Unirepro Serviços Tecnológicos Ltda., envolvida no mensalão, do DEM de Brasília – cujo governador José Roberto Arruda esteve preso, foi contratada pela Prefeita Márcia Rosa para prestar serviços de impressão e pré-impressão, está enganado.

Nesta quarta-feira (6), o promotor Rodrigo Dacal começou a ouvi os antigos gráficos- (servidores concursados), pelo contrato de Nº 021/2010 - de R$ 1.576.647,20 (hum milhão, quinhentos e setenta e seis mil, seiscentos e quarenta e sete reais e vinte centavos), que o extrato foi publicado exatamente no sábado de carnaval, (13/de fevereiro), o que é revelador, para dizer o mínimo, de como opera a “Gestão Transparente”. Os vereadores Geraldo Guedes (PR), Dóda (PDT) e Bigode (PR) foram os responsáveis pela denúncia ao MP.

SEM LICITAÇÃO


A Unirepro foi a segunda empresa com contrato com o governo do Distrito Federal a ser contratada em menos de 15 dias. Antes, a Secretaria de Saúde desistiu da Toesa Service Ltda, contratada pela prefeita Márcia Rosa para o transporte de pacientes em ambulâncias. O contrato, com dispensa de licitação, era de R$ 1,026 milhão por 180 dias – R$ 171 mil mensais para seis ambulâncias. A empresa contratada pela prefeita MR também tinha contrato no valor de R$ 12,9 milhões com o Governo Arruda.

A volta atrás aconteceu por conta da repercussão do caso. O Diário do Litoral (DL) de Santos , sob o título “Deputada do PT investiga contrato milionário da Toesa no DF”, revelou que a empresa, segundo a deputada petista Érica Kokay, tinha negócios suspeitos com Arruda. Cinco dias depois da publicação do edital do contrato emergencial, a Prefeitura devolveu as ambulâncias e o ex-secretário Vanderjackson Bezerra, da Saúde, negou a existência do contrato, que ele próprio havia anunciado.

A UNIREPRO

A nova empresa contratada pela prefeita Márcia Rosa foi flagrada nas imagens da operação da PF e estaria envolvida no escândalo do suposto pagamento de propinas do GDF, que provocou a prisão do governador – a primeira na história da República – e uma crise institucional sem precedentes no DF.

A empresa tem contratos com a Secretaria de Saúde do DF. Levantamento feito pela assessoria do deputado Chico Leite – também do PT - revelou um aumento de 5.000% nos gastos com serviços gráficos depois da terceirização do serviço à empresa.

Em 2006, foram gastos R$ 235 mil. Em 2007, no Governo de Arruda, foram pagos R$ 1,38 milhão. Em 2007, o repasse de recursos por serviços gráficos mais que quintuplicou: chegou a R$ 12 milhões. O GDF, segundo a denúncia estaria pagando a empresa um custo por impressão de R$ 0,30, quando a mesma tarefa sairia por R$ 0,03 na gráfica da própria Secretaria de Saúde.

Com sede em São Paulo (SP), a UniRepro começou a ser citada no escândalo de Brasília, depois que o ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa (o autor dos vídeos em que Arruda, secretários e deputados aparecem recebendo maços de dinheiro) de pagar propina a integrantes do GDF para obter contratos de prestação de serviço com órgãos e empresas públicas, conforme inquérito da Polícia Federal.

Ainda de acordo com Barbosa, o dinheiro obtido com o esquema servia para que o governador José Roberto Arruda (DEM) comprasse o apoio político de deputados distritais e também para o “enriquecimento pessoal” de alguns dos envolvidos no esquema. Em um vídeo gravado por Barbosa, o ex-subsecretário de Recursos Humanos da secretaria, João Luiz, aparece recebendo cerca de R$ 20 mil referentes, segundo Barbosa, ao contrato da Uni Repro.

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