Nesta quarta-feira (6), o promotor Rodrigo Dacal começou a ouvi os antigos gráficos- (servidores concursados), pelo contrato de Nº 021/2010 - de R$ 1.576.647,20 (hum milhão, quinhentos e setenta e seis mil, seiscentos e quarenta e sete reais e vinte centavos), que o extrato foi publicado exatamente no sábado de carnaval, (13/de fevereiro), o que é revelador, para dizer o mínimo, de como opera a “Gestão Transparente”. Os vereadores Geraldo Guedes (PR), Dóda (PDT) e Bigode (PR) foram os responsáveis pela denúncia ao MP.
SEM LICITAÇÃO
A Unirepro foi a segunda empresa com contrato com o governo do Distrito Federal a ser contratada em menos de 15 dias. Antes, a Secretaria de Saúde desistiu da Toesa Service Ltda, contratada pela prefeita Márcia Rosa para o transporte de pacientes em ambulâncias. O contrato, com dispensa de licitação, era de R$ 1,026 milhão por 180 dias – R$ 171 mil mensais para seis ambulâncias. A empresa contratada pela prefeita MR também tinha contrato no valor de R$ 12,9 milhões com o Governo Arruda.
A volta atrás aconteceu por conta da repercussão do caso. O Diário do Litoral (DL) de Santos , sob o título “Deputada do PT investiga contrato milionário da Toesa no DF”, revelou que a empresa, segundo a deputada petista Érica Kokay, tinha negócios suspeitos com Arruda. Cinco dias depois da publicação do edital do contrato emergencial, a Prefeitura devolveu as ambulâncias e o ex-secretário Vanderjackson Bezerra, da Saúde, negou a existência do contrato, que ele próprio havia anunciado.
A UNIREPRO
A nova empresa contratada pela prefeita Márcia Rosa foi flagrada nas imagens da operação da PF e estaria envolvida no escândalo do suposto pagamento de propinas do GDF, que provocou a prisão do governador – a primeira na história da República – e uma crise institucional sem precedentes no DF.
A empresa tem contratos com a Secretaria de Saúde do DF. Levantamento feito pela assessoria do deputado Chico Leite – também do PT - revelou um aumento de 5.000% nos gastos com serviços gráficos depois da terceirização do serviço à empresa.
Em 2006, foram gastos R$ 235 mil. Em 2007, no Governo de Arruda, foram pagos R$ 1,38 milhão. Em 2007, o repasse de recursos por serviços gráficos mais que quintuplicou: chegou a R$ 12 milhões. O GDF, segundo a denúncia estaria pagando a empresa um custo por impressão de R$ 0,30, quando a mesma tarefa sairia por R$ 0,03 na gráfica da própria Secretaria de Saúde.
Com sede em São Paulo (SP), a UniRepro começou a ser citada no escândalo de Brasília, depois que o ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa (o autor dos vídeos em que Arruda, secretários e deputados aparecem recebendo maços de dinheiro) de pagar propina a integrantes do GDF para obter contratos de prestação de serviço com órgãos e empresas públicas, conforme inquérito da Polícia Federal.
Ainda de acordo com Barbosa, o dinheiro obtido com o esquema servia para que o governador José Roberto Arruda (DEM) comprasse o apoio político de deputados distritais e também para o “enriquecimento pessoal” de alguns dos envolvidos no esquema. Em um vídeo gravado por Barbosa, o ex-subsecretário de Recursos Humanos da secretaria, João Luiz, aparece recebendo cerca de R$ 20 mil referentes, segundo Barbosa, ao contrato da Uni Repro.
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